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sábado, 2 de janeiro de 2010

Responsabilidade social empresarial 2.0

Esse é o termo empregado pela francesa Élisabeth Laville, do grupo Utopies, para definir o momento atual da gestão coorporativa nas empresas.

Seja para melhorar a imagem, ou ainda se antecipar as futuras regras do mercado, a maioria das grandes empresas do mundo estão não apenas apoiando causas sustentáveis, mas liderando a mudança. É muito provavel que as grandes mudanças na nossa forma de interagir com o planeta sejam ditadas por empresas que até um tempo atrás eram alvo das críticas dos ambientalistas como o Wal-Mart e a Coca-Cola.

Essa mudança na gestão das empresas não tem como objetivo apenas o motivos citados acima, mas principalmente preservar recursos naturais que elas mesmas precisam para sobreviver, e muitas encontraram nos 3 Rs (reusar, reciclar, reduzir) uma forma de aumentar os lucros.

É um caminho sem volta, muito do que retiramos do planeta está se esgotando, um exemplo é o "Índio" utilizado para fabricação de LCDs, tomando como base o consumo atual no mundo, em 13 anos essa matéria prima não existirá mais. O sucesso e o tempo que uma empresa existirá no mercado, sem sombra de dúvida está atrelado a como ela poderá se relacionar com a natureza sem esgotá-la.

Segundo a diretora da Utopies, de 1980 a 1995, as empresas focavam em doações para boas causas. Somente nos anos seguintes as mesmas passaram a adotar a sustentabilidade como uma forma de reduzir custos relacionados ao consumo excessivo de recursos naturais, e de melhorar sua imagem.

Foi sem dúvida uma grande mudança, mas insufiente para mudar a forma como fazemos as coisas. É muito provavel que estejamos no início de outro ciclo, onde essas empresas colocaram a sustentabilidade como foco dos seus processos e da gestão coorporativa, de uma forma proativa e não reativa ou defensiva.

Mudamos

Na Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, em 1972, o então ministro do interior do Brasil, general José Costa Cavalcanti, falou a seguinte frase, "Desenvolver primeiro e pagar os custos da poluição depois".

Na mais recente conferência da ONU, o presidente do Brasil falou, "Se tivermos que fazer um sacrifício a mais, o Brasil está disposto também a colocar mais dinheiro para ajudar os países que necessitam de ajuda".
Ainda bem que mudamos.